1 de fevereiro de 2014

“Eu nunca vou parar de escrever!”, crava Manoel Carlos

A Globo estreia na próxima segunda-feira (3) a nova novela de Manoel Carlos, conhecido por suas Helenas, pelos personagens que habitam o Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, além de vilãs inesquecíveis, como as vividas por Vivianne Pasmanter em “Felicidade” e “Por Amor”.

As expectativas para este folhetim do autor são ainda maiores, especialmente por se tratar de sua despedida da faixa das 21h e, também, por ser a última produção com uma personagem com o nome Helena, tão famosa entre os telespectadores e que já ganhou vida por meio de algumas das principais atrizes da teledramaturgia nacional, como Regina Duarte, em três ocasiões: “História de Amor”, “Por Amor” e “Páginas da Vida”.

Desta vez, ela será interpretada por Julia Lemmertz, como uma homenagem de Maneco à mãe da atriz, Lilian Lemmertz, que foi a primeira Helena de seus folhetins e deu início a esse ciclo de sucesso em “Baila Comigo” (1981).

Em entrevista exclusiva ao site RD1, o autor comentou seu novo trabalho, e cravou: “Eu nunca vou parar de escrever”.

Confira:

RD1 - “Em Família” é anunciada como sua última novela na faixa das 21h, que vem repleta de atores que já participaram de outras histórias, além de uma homenagem à primeira Helena. Esse trabalho tem um peso maior?

Manoel Carlos - Será a última Helena. Tem um peso maior porque é uma homenagem que faço a uma amiga, Lílian Lemmertz. A matriz desse personagem é a Lilian. Essa é uma divida de amor que pago através da Julia, que é uma atriz extraordinária e grande amiga.

RD1 - A novela abordará mais uma vez o romance entre mulheres e sempre que isso acontece, vem a cobrança pelo beijo gay, algo que já aconteceu em outras produções, como minisséries e o programa “Amor & Sexo”. O público de novelas ainda não está pronto pra essa abordagem?

Manoel Carlos - O que quero mostrar é uma história de amor. Se alguém está pensando que vai ver um escândalo, um beijo na boca, isso é tudo secundário. Eu sempre tento mostrar que existe um encantamento, uma sedução sutil, boa, bonita, nada agressiva.

RD1 - Suas novelas costumam ter o Rio de Janeiro como pano de fundo, especialmente o Leblon. “Em Família” terá outras locações, o que essa mudança representa em termos de história?

Manoel Carlos - Eu nunca fui a Goiânia e tenho uma grande simpatia por Goiânia, Cidade de Goiás, toda aquela região. Eu quero que a novela tenha realmente um pé fora do Rio de Janeiro. E esse era o lugar ideal, perto do Rio e que tivesse uma atividade rural intensa.

RD1 - O senhor está adiantado com os capítulos, mas sempre gostou de relacionar suas telenovelas aos acontecimentos atuais. Esse adiantamento não compromete sua criação ou pretende fazer alterações quando julgar necessário?

Manoel Carlos - Na verdade, se fosse possível, eu veria o capitulo e escreveria o seguinte. Porque minha preocupação é ser o mais realista e verossímil possível, o que inclui falar de acontecimentos da atualidade.

RD1 - Sendo “Em Família” sua última novela das 21h, o que vem depois?

Manoel Carlos - Eu nunca vou parar de escrever. Pretendo fazer séries, dar consultoria, mas por enquanto não há nada fechado.

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